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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dia-a-dia 2

Lá estava... Emerson, namorado de Juliana acabara de chegar de viajem. Juliana sorriu, radiante, para ele. Emerson era um rapaz alto e atlético, jogava num time de handball local, tinha recém chegado à cidade e a medalha de prata do Campeonato Brasileiro de Handball pendia no peito, seus cabelos eram algo entre ruivo e loiro e lhes caiam por sobre os ombros, os olhos castanhos completavam o visual: cansado, mas feliz. Juliana, loira e de olhos azuis, tratou de puxar assunto:
— Como foi meu amor? Senti sua falta...
— Foi ótimo. Ficamos em segundo lugar, perdemos na final para um time de São Paulo. Mas me contento com a medalha de prata.
— Ah. Deve ter sido ótimo... Sente-se aqui e me conte mais sobre essa sua viajem.
E, atrás de um pilar, observando tudo de longe, estava Pedro. Ele sentiu uma pontada doida de ciúmes e não aguentou mais olhar para os dois. Virou-se para o lado, e, só então se deu conta de que deveria estar em aula, mas percebeu isso tarde demais e uma mão firme o segurou pelo pulso:
— O que pensa que está fazendo aqui, garoto?
Quem falava era Jorge, o inspetor do colégio. Parecia que ele tinha resolvido tornar a vida de Pedro um inferno dês de a primeira vez que o viu.
— Eu só estava...
— Sim, você só estava, mas acho que o diretor vai gostar de saber disso...
Pedro estremeceu ao ouvir falar que ia encontrar o diretor. Ele nunca tinha se metido em confusão, e por isso, nunca tinha ficado frente a frente com o diretor. Jorge o conduziu pelo corredor principal até uma sala que parecia não chegar nunca. Então eles dobraram a esquerda e se depararam com uma porta. Jorge bateu três vezes e ela se abriu...

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